terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Entenda os protestos e a crise no Egito


Centenas de milhares de egípcios vão às ruas há mais de uma semana para exigir a saída do presidente Hosni Mubarak, que está no poder há quase 30 anos. Em resposta, o presidente já anunciou que não disputará a reeleição, mas que pretende permanecer no poder até que um sucessor seja escolhido.

Quem são os manifestantes e o que eles querem?

Os protestos começaram em 25 de janeiro, quando milhares de egípcios se reuniram na Praça Tahrir, no centro do Cairo, depois de uma mobilização realizada pela internet - inspirada no levante da Tunísia - conclamando um "dia de revolta". A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e jatos d'água, mas os manifestantes continuaram no local.

Desde então, protestos em massa têm sido realizados nas principais cidades egípcias - além do Cairo, Alexandria, Suez e Ismaília - desafiando os toques de recolher impostos pelo governo.

Os protestos foram em sua maioria pacíficos, mas a ONU estima que cerca de 300 pessoas já morreram em confrontos relacionados às manifestações.

Os manifestantes exigem a saída imediata de Mubarak. As multidões acusam o governo de repressão, fraudes eleitorais, corrupção e de ser responsável pela pobreza e pelo desemprego no país. Os participantes também querem garantias de que o filho de Mubarak, Gamal, não será o próximo presidente.

Como Mubarak respondeu?

O presidente foi à televisão na terça-feira, dia 1º, afirmando que não disputará a reeleição no pleito marcado para setembro de 2011. Ele disse que dedicará o resto de seu mandato para garantir uma transição pacífica para seu sucessor.

Mubarak disse ter se oferecido para encontros com todos os partidos políticos, mas alguns deles teriam se recusado a dialogar.

Em seu primeiro discurso após o início dos protestos, feito no dia 28, ele anunciou a demissão de seu gabinete de governo, empossando Ahmed Shafiq como novo primeiro-ministro e Omar Suleiman, ex-chefe da inteligência egípcia, como vice-presidente - cargo que nunca antes havia sido ocupado durante o regime.

Mubarak designou publicamente Shafiq para implementar reformas democráticas e medidas para aumentar o nível de emprego. O presidente também determinou que o novo gabinete - cujos membros ainda não foram nomeados - combata a corrupção e restaure a confiança na economia.

No dia 30, em uma aparente demonstração de força, jatos da Força Aérea egípcia sobrevoaram a Praça Tahrir, onde era realizado mais um protesto. Helicópteros, tanques e blindados também circularam pela cidade, enquanto o acesso à internet foi bloqueado.

Quem são os outros personagens principais?

Não existe uma figura que centralize e lidere a oposição contra Mubarak. Os manifestantes representam uma fatia ampla da sociedade egípcia, dos mais jovens aos mais velhos, dos mais ricos aos mais pobres, seculares e religiosos.

Mohammed ElBaradei, ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e vencedor do Nobel da Paz, surgiu como um potencial porta-voz da coalizão de movimentos de oposição. Líderes de diferentes grupos teriam iniciado negociações para chegar a uma estratégia comum.

A Irmandade Muçulmana, maior e mais organizado grupo de oposição no Egito, tem se mantido em uma posição discreta durante os protestos, por temor de sofrer retaliações por parte do governo.

Analistas acreditam que as Forças Armadas egípcias sejam um fator decisivo na crise. Até agora, Mubarak - um ex-comandante da Força Aérea - tem o apoio dos militares. No entanto, se os protestos se intensificarem, acredita-se que oficiais de alta patente possam pedir que o presidente deixe o poder.

O que está em jogo?

O Egito é conhecido como umm al-dunya, ou "mãe do mundo" em árabe. O que acontece no Cairo tem efeitos decisivos em todo o Oriente Médio.

Desde que chegou ao poder, em 1981, Mubarak tem sido uma figura central na política da região e um importante aliado dos países ocidentais. O Egito é um dos dois únicos países árabes - além da Jordânia - a ter tratados de paz com Israel.

Se o levante egípcio se transformar em uma revolução, isto pode significar um golpe para o já enfraquecido processo de paz no Oriente Médio e disparar alarmes em outros regimes autocráticos no mundo árabe, dizem analistas.

Há o temor de que extremistas possam aproveitar o vácuo político ou de que grupos islâmicos como a Irmandade Muçulmana cheguem ao poder por meio de eleições livres.

A crise no Egito também tem efeitos nos mercados globais. Os valores das ações caíram nas principais bolsas do mundo, e o preço do petróleo atingiu o valor mais alto em dois anos.

Como a comunidade internacional tem reagido aos protestos?

A pressão internacional está se encaminhando para algum tipo de resolução. Os Estados Unidos, responsáveis por bilhões de dólares em ajuda para o Egito, por pouco não admitiram abertamente que querem a saída de Mubarak.

Em vez disso, o presidente americano, Barack Obama, e a secretária de Estado, Hillary Clinton, pediram uma "transição ordenada" para uma democracia no Egito.

Enquanto isto, líderes da ONU, da Grã-Bretanha, da França e da Alemanha pediram a Mubarak que evite a violência e realize as reformas enquanto os protestos continuem.

Obama manteve contatos com chefes de Estado e de governo como o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, o rei da Arábia Saudita, Abdullah, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

O que deve acontecer agora?

Não há sinal de que os protestos possam acabar, e a maioria dos observadores afirmam que os dias de Mubarak como presidente estão contados.

Vários grupos de oposição estão se oferecendo para negociar com o governo, mas apenas depois que Mubarak sair do poder.

No entanto, o presidente parece estar calculando que pode sair com um saldo positivo da crise e que as suas concessões dividirão os opositores.

O exército, instituição chave no Egito, indicou que protestos pacíficos serão tolerados e que os seus participantes não serão combatidos.

BBC Brasil, 03 de fevereiro de 2010

DATAS COMEMORATIVAS MÊS DE FEVEREIRO

01 - Dia do Eletricitário
Dia do Publicitário
Posse da Assembléia Nacional Constituinte (1987)

02 - Dia do Agente Fiscal
Inauguração da navegação do rio São Francisco (1871)
Início da Revolução Praieira em Pernambuco (1848)

05 - Dia do Datiloscopista
Elevação da vila de Curitiba à categoria de cidade (1842)
Morte da educadora Armanda Álvaro Alberto (1974)

06 - Dia do Agente de Defesa Ambiental

07 - Dia Nacional do Gráfico

Início da navegação a vapor entre o Brasil e a Europa (1851)

09 - Morte do Barão do Rio Branco (1912)

10 - Dia do Atleta Profissional

11 - Dia do Zelador
Início da ocupação holandesa no Brasil (1630)
Início da semana contra o alcoolismo
Morte de Oswaldo Cruz (1917)

13 - Nascimento de Campos Sales (1841)

14 - Dia do Amor

16 - Dia do Repórter

17 - Nascimento do historiador Francisco Adolfo de Varnhagem, visconde de Porto Seguro (1816)
18 - Dia da morte de Martinho Lutero (1546)
Morte do poeta Fagundes Varela (1875)

19 - Dia do esportista
Elevação da cidade de Curitiba à categoria de Comarca através de alvará régio (1812)
Segunda batalha de Guararapes (1649)

21 - Conquista de Monte Castelo pela Força Expedicionária Brasileira - FEB (1945)
Dia do Cumpra-se (que nenhuma lei promulgada pela corte de Lisboa fosse obedecida) - 1821
Dia Internacional da Língua Materna
Morte de Estácio de Sá (1567)
Nascimento de Coelho Neto (1864)

22 - Criação do IBAMA pela Lei nº 7.735 (1989)
Morte de Américo Vespúcio (1512)

23 - Dia do Rotariano (Rotary Club)

24 - Fundação do Instituto Pasteur no Rio de Janeiro (1888)
Instituição do programa nacional de teleducação (1972)
Promulgação da primeira Constituição da República do Brasil (1891)
Revolta de Beckman no Maranhão (1684)

25 - Criação do Ministério das Comunicações (1967)
Criação do Ministério do Interior (1889)
Criação do Ministério dos Transportes (1967)
Criação do primeiro bispado em Salvador (1551)

26 - Eleição dos primeiros governantes republicanos do Brasil (1891)

27 - Dia do Agente Fiscal da Receita Federal
Dia Nacional do Livro Didático

28 - Instituição do Cruzado (Cz$) - 1986

PARA ENTRAR NO RITMO DAS AULAS


Agora não tem mais desculpa! Quem anda com aquela ressaquinha pós-férias precisa dar um jeito de retomar o ritmo… Claro que depois de dois meses dormindo e acordando tarde, sem grandes responsabilidades, podendo sair quando quer e com todo o tempo disponível para descansar, é difícil mesmo voltar a acordar cedo e esquematizar o dia para dar conta de todas as obrigações. Mas é só se empenhar um pouco que você consegue!

O primeiro passo é tentar regularizar o sono. E boa parte dessa higiene mental depende apenas da sua força de vontade. Em vez de ficar se distraindo no computador, jogando videogame ou vendo TV, estabeleça um horário que garanta, pelo menos, oito horas de sono até o momento que você precisa se levantar (sem ficar atrasado!). No mínimo uma hora antes do horário de ir para a cama, desligue os aparelhos eletrônicos. É um jeito de deixar seu cérebro ir se acalmando e entender que, logo, terá de descansar mesmo. Outra dica é evitar exercícios físicos pelo menos duas horas antes de ir para cama. A atividade física libera substâncias no organismo que nos fazem superbem, mas acabam nos deixando “ligados”. Aí não dá para dormir mesmo!

No dia seguinte, nada de ficar se enrolando na cama. Assim que o despertador tocar, você tem de se levantar. Se o sono for insuportável durante o dia, tire uma soneca à tarde para compensar. Mas nada de exageros! Se você dormir mais de uma hora e meia, vai ser mais difícil sentir sono à noite… E aí o ciclo recomeça: você dorme muito tarde, tem dificuldade para acordar cedo no dia seguinte, sente sono o dia inteiro, dorme à tarde…

E vamos usar o bom senso, né?! Balada durante a semana é uma bela roubada para quem pretende levar a escola a sério. Uma noite em que você tenha privação de sono é capaz de arruinar o resto da semana. Não tem essa de que dá para aguentar bem até o final de semana para tirar o atraso. Seu cérebro vai funcionar mais devagar enquanto você estiver privado de sono, o aprendizado vai ficar prejudicado, seu corpo vai se ressentir e ficar molenga… Não é melhor esperar a sexta-feira ou o sábado para sair? Aí, no dia seguinte, dá para dormir mais! Só não vale pesar a mão e começar tudo de novo. Se você se levantar às quatro da tarde no domingo, vai ser difícil dormir cedo e acordar disposto na segunda-feira, não é mesmo?

Fique Por Dentro

Clima
Árvores para combater ilhas de calor
Uma nova medição que reflita as alterações na região está agendada para daqui a dez anos, quando outro mapa termal será consolidado.

Iniciativa municipal reconhecida como exemplo de política pública de combate ao aquecimento global pela Unesco, em 2009 Guarulhos, cidade da Grande São Paulo, implantou o programa Ilhas Verdes. Surgido de uma pesquisa sobre os mapas termais do município, identificados via satélite através de sistema infravermelho, o Ilhas Verdes tem como objetivo equilibrar as condições climáticas da região, com foco em locais de grande incidência de calor.

Estudos indicam que a elevação da temperatura deve-se ao avanço da urbanização, ao assoreamento dos rios e ao aumento do número de indústrias. A orientação da arborização tendo como critério a regulação climática é uma ação inovadora e de longo prazo, já que a expectativa é que o mapa termal se altere em um prazo de dez a 15 anos. Estima-se que haverá redução de enchentes graças à maior permeabilidade do solo; aumento da fauna de aves no entorno e melhoria da qualidade do ar em toda a região, que engloba também o Aeroporto Internacional de Cumbica.

Agroindústria
Cadeia produtiva da carne em busca de soluções sustentáveis

Com a necessidade do aumento da produção de alimentos e os desafios impostos pela mudança climática, inovações tecnológicas que atendam à demanda por proteína animal e, ao mesmo tempo, reduzam drasticamente o impacto ambiental da produção passaram a fazer parte da agenda global. No Brasil, o Projeto Pecuária Sustentável, coordenado pelo Pensa (Centro de Conhecimento em Agronegócios da USP - Universidade de São Paulo), surgiu para discutir os desafios de implementação de soluções focadas na sustentabilidade da atividade pecuária.

Este projeto, apoiado em três pilares: tecnologia, financiamento e disseminação das informações, busca soluções para temas como a qualificação do pecuarista, o manejo de pastagens, a gestão de crédito, a adequação à regulamentação ambiental e a políticas públicas para o setor.

Mais informações: http://www.fea.usp.br