domingo, 21 de novembro de 2010

Jornada intensifica luta contra a Aids em Maceió



Evento acontece nos dias 22, 23 e 24, no auditório do Sesc Poço, das 8h às 17h, com as discussões divididas por grupos




A programação alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids – mobilização que acontece anualmente no dia 1º de dezembro – terá início na próxima segunda-feira (22), com a Jornada Municipal de Prevenção em DST/HIV/Aids e Hepatites Virais. Realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Municipal de DST/Aids e em parceria com o Programa de Saúde Bucal, Sesc Alagoas, Ministério da Saúde e Fórum ONG Aids, o evento tem como foco de discussão a prevenção e a assistência nessas áreas, visando fortalecer o trabalho de prevenção e promoção da saúde junto aos usuários do SUS.“As abordagens serão bastante diversificadas e debatidas por técnicos especializados e de vasto conhecimento sobre a temática e com a assessoria técnica do Ministério da Saúde, o que tornará a discussão ainda mais enriquecedora”, frisa a coordenadora do Programa no município, Sandra Gomes.A jornada acontece nos dias 22, 23 e 24, no auditório do Sesc Poço, das 8h às 17h, com as discussões divididas por grupos. Do primeiro dia, participam estudantes e profissionais que integram equipes multiprofissionais das áreas de saúde e educação, ONG/Aids, pessoas vivendo com Aids e demais parcerias. Com este grupo, o debate se dará em torno de temas como Perfil epidemiológico da Aids no município de Maceió; A importância da prevenção da sífilis congênita; Atenção especializada à gestante e criança exposta ao HIV em Maceió; e Visão geral sobre hepatites virais e repercussão na saúde coletiva – esta, com explanação da consultora técnica do Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Ronneyla Nery Silva – entre outros.


O dia 23 terá uma programação das 8h às 13h, focada em odontólogos da atenção básica, técnicos e auxiliares de Saúde Bucal e estudantes da área, que também terão a oportunidade de atualizar os conhecimentos em relação ao perfil epidemiológico da Aids e de hepatites virais em Maceió e em temas específicos da área como hepatites e odontologia e protocolo de atendimento para pacientes vivendo com HIV/Aids e hepatites virais, entre outros.


O último dia da jornada, 23, terá o debate direcionado para adolescentes usuários das unidades de saúde do município, de escolas públicas municipais que integram os Núcleos de Alunos Promotores de Saúde (Naps), as unidades do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), além dos que participam do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas.A coordenação do Programa Municipal de DST/Aids lembra que as inscrições ainda podem ser feitas até esta sexta-feira (19), das 8h às 14h, pelo e-mail pmdstaidsmaceio@gmail.com ou pelos telefones 3315-5197/5252 (DST/Aids) e 3315-4120/5190 (Saúde Bucal).
A Campanha Dia Mundial de Luta Contra a AIDS 2010 terá como tema “A AIDS NÃO TEM PRECONCEITO. VOCÊ TAMBÉM NÃO DEVE TER”. Focará principalmente a população jovem de ambos os sexos e incentivará o combate ao estigma e a discriminação às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS e a reflexão dos jovens acerca de seus próprios comportamentos.05/12/2010 (Domingo) - “Passeio Solidário à Luta Contra a AIDS” – passeio ciclístico e caminhada: USE BRANCO E SEJA SOLIDÁRIO. Saída do Passeio Ciclístico às 07h30min da manhã da frente do Clube Fênix e saída da Caminhada às 08h da Praça Multieventos, ambos seguirão em direção à Tenda da Prevenção “Luzes para Viver” da Rede de Pessoas que Vivem com HIV/AIDS (RNP+) e Cidadãs POSITHIVAS – Manifesto contra o preconceito e em favor da Vida das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (a tenda estará em frente à barraca Lopana – Praia de Pajuçara – 08 as 12h).
SEJA SOLIDÁRIO: Leve à Tenda da Prevenção “Luzes para Viver” a doação de 01 lata de leite NAN ou NESTOGENO N° 1. O leite arrecadado será destinado às crianças expostas ao HIV/AIDS que não podem ser amamentadas.

Dia Mundial de Luta Contra a Aids

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi criado para relembrar o combate à doença e despertar nas pessoas a consciência da necessidade da prevenção, aumentar a compreensão sobre a síndrome e reforçar a tolerância e a compaixão às pessoas infectadas.
Foi a Assembléia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a data de 1º de dezembro. A decisão foi tomada em outubro de 1987. No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1988, por decisão do Ministro da Saúde.
A cada ano, diferentes temas são abordados, destacando importantes questões relacionadas à doença. Em 1990, por exemplo, quando a Aids ainda era mais disseminada entre os homens, o tema foi "A Aids e a Mulher". Em 1997, foi a vez de as crianças infectadas serem lembradas. A importância da família e da união de forças também já foram destacadas como importantes aliados da luta contra a Aids.
O VÍRUS HIV
O HIV (Vírus Imunodeficiência Humana, na sigla em inglês) é o vírus causador da Aids, doença fatal que atinge o sistema imunológico a ponto de tornar mortais infecções geralmente corriqueiras.
Pelo menos 28 milhões de pessoas já morreram de Aids no mundo todo.
Mais de 20 anos depois da identificação do HIV, ainda não há vacina contra o vírus, nem cura para a doença. Mas a expectativa de vida dos portadores de HIV cresceu significativamente graças à nova geração de medicamentos usados no combate à Aids.
O HIV atinge o sistema imunológico, normalmente responsável pela proteção do organismo contra infecções.
O vírus ataca um tipo de glóbulo branco (célula de defesa) chamado CD4. No processo, o HIV aloja seu genes no DNA da célula CD4 atingida e passa a utilizá-la para se multiplicar e, com isso, contaminar novas células.
Durante o processo, as células CD4 acabam morrendo por razões ainda não totalmente conhecidas. Com a redução do número desses glóbulos brancos, o organismo começa a perder a perder a capacidade de combater doenças até atingir o ponto crítico que caracteriza a Aids.
O vírus HIV faz parte dos retrovírus, que, embora mais simples que os vírus comuns, são mais difíceis de ser combatidos. Eles alojam seu DNA nas células atacadas de forma que novas células produzidas por elas passam a também portar o vírus.
Os retrovírus também reproduzem seus genes na célula-alvo com maior margem de erro. Isso, somado à alta taxa de reprodução do HIV, provoca muitas mutações no vírus causador da Aids. E não só. O HIV é protegido por uma camada feita do mesmo material que algumas células humanas, o que dificulta sua identificação pelo sistema imunológico.
OS MITOS SOBRE O HIV:

O HIV não é transmitido por meio de:

  • Tosse, espirros ou pelo ar.
  • Copos e talheres compartilhados com pessoas infectadas.
  • Privadas.
  • Picadas de insetos e outros animais.
  • Piscinas.
  • Alimentos preparados por um portador do vírus.

EVOLUÇÃO DA AIDS:

Na medida em que o sistema imunológico se enfraquece e perde a capacidade de combater doenças, as infecções se tornam potencialmente fatais.
Os portadores do HIV são mais suscetíveis a doenças como tuberculose, malária, pneumonia e herpes. Quanto maior a redução das células CD4, maior também é a vulnerabilidade do paciente.
Os portadores do vírus também são mais vulneráveis a "infecções oportunistas", causadas por bactérias, fungos ou parasitas. Geralmente combatidos com sucesso por organismos saudáveis, eles podem causar a morte de pessoas com sistemas imunológicos debilitados.

ESTÁGIOS INICIAIS DO HIV

Cerca de metade dos portadores do HIV sofre de sintomas parecidos com os de uma gripe entre duas e quatro semanas depois da contaminação. Entre eles, podem estar febre, fatiga, mancha nas peles, dor nas juntas, dor de cabeça e inchaço dos gânglios.
O gráfico ao lado mostra a trajetória típica da infecção causada pelo HIV. A contagem de CD4 equivale ao número dessas células por milímetro cúbico de sangue. À medida que o vírus progride, essa contagem se reduz e a vulnerabilidade do organismo aumenta.
Um sistema imunológico saudável tem de 600 a 1.200 células CD4 por milímetro cúbico de sangue. Considera-se que o paciente tem Aids quando esse número se torna inferior a 200.
A carga viral é o número de partículas do vírus por milímetro de sangue. Ela atinge seu auge no início da infecção, quando o vírus se replica rapidamente na corrente sangüínea.
Alguns portadores do HIV continuam saudáveis e sem sintomas do vírus por muitos anos e só depois desenvolvem a doença.
Outros, enquanto convivem com o vírus, sofrem de sintomas como perda de peso, febre e suores, infecções freqüentes, manchas na pele e perda de memória.