domingo, 21 de novembro de 2010
Jornada intensifica luta contra a Aids em Maceió
Dia Mundial de Luta Contra a Aids
Foi a Assembléia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a data de 1º de dezembro. A decisão foi tomada em outubro de 1987. No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1988, por decisão do Ministro da Saúde.
A cada ano, diferentes temas são abordados, destacando importantes questões relacionadas à doença. Em 1990, por exemplo, quando a Aids ainda era mais disseminada entre os homens, o tema foi "A Aids e a Mulher". Em 1997, foi a vez de as crianças infectadas serem lembradas. A importância da família e da união de forças também já foram destacadas como importantes aliados da luta contra a Aids.
Pelo menos 28 milhões de pessoas já morreram de Aids no mundo todo.
Mais de 20 anos depois da identificação do HIV, ainda não há vacina contra o vírus, nem cura para a doença. Mas a expectativa de vida dos portadores de HIV cresceu significativamente graças à nova geração de medicamentos usados no combate à Aids.
O HIV atinge o sistema imunológico, normalmente responsável pela proteção do organismo contra infecções.
O vírus ataca um tipo de glóbulo branco (célula de defesa) chamado CD4. No processo, o HIV aloja seu genes no DNA da célula CD4 atingida e passa a utilizá-la para se multiplicar e, com isso, contaminar novas células.
Durante o processo, as células CD4 acabam morrendo por razões ainda não totalmente conhecidas. Com a redução do número desses glóbulos brancos, o organismo começa a perder a perder a capacidade de combater doenças até atingir o ponto crítico que caracteriza a Aids.
O vírus HIV faz parte dos retrovírus, que, embora mais simples que os vírus comuns, são mais difíceis de ser combatidos. Eles alojam seu DNA nas células atacadas de forma que novas células produzidas por elas passam a também portar o vírus.
Os retrovírus também reproduzem seus genes na célula-alvo com maior margem de erro. Isso, somado à alta taxa de reprodução do HIV, provoca muitas mutações no vírus causador da Aids. E não só. O HIV é protegido por uma camada feita do mesmo material que algumas células humanas, o que dificulta sua identificação pelo sistema imunológico.
O HIV não é transmitido por meio de:
- Tosse, espirros ou pelo ar.
- Copos e talheres compartilhados com pessoas infectadas.
- Privadas.
- Picadas de insetos e outros animais.
- Piscinas.
- Alimentos preparados por um portador do vírus.
EVOLUÇÃO DA AIDS:
Na medida em que o sistema imunológico se enfraquece e perde a capacidade de combater doenças, as infecções se tornam potencialmente fatais.
Os portadores do HIV são mais suscetíveis a doenças como tuberculose, malária, pneumonia e herpes. Quanto maior a redução das células CD4, maior também é a vulnerabilidade do paciente.
Os portadores do vírus também são mais vulneráveis a "infecções oportunistas", causadas por bactérias, fungos ou parasitas. Geralmente combatidos com sucesso por organismos saudáveis, eles podem causar a morte de pessoas com sistemas imunológicos debilitados.
ESTÁGIOS INICIAIS DO HIV
Cerca de metade dos portadores do HIV sofre de sintomas parecidos com os de uma gripe entre duas e quatro semanas depois da contaminação. Entre eles, podem estar febre, fatiga, mancha nas peles, dor nas juntas, dor de cabeça e inchaço dos gânglios.
O gráfico ao lado mostra a trajetória típica da infecção causada pelo HIV. A contagem de CD4 equivale ao número dessas células por milímetro cúbico de sangue. À medida que o vírus progride, essa contagem se reduz e a vulnerabilidade do organismo aumenta.
Um sistema imunológico saudável tem de 600 a 1.200 células CD4 por milímetro cúbico de sangue. Considera-se que o paciente tem Aids quando esse número se torna inferior a 200.
A carga viral é o número de partículas do vírus por milímetro de sangue. Ela atinge seu auge no início da infecção, quando o vírus se replica rapidamente na corrente sangüínea.
Alguns portadores do HIV continuam saudáveis e sem sintomas do vírus por muitos anos e só depois desenvolvem a doença.
Outros, enquanto convivem com o vírus, sofrem de sintomas como perda de peso, febre e suores, infecções freqüentes, manchas na pele e perda de memória.